sábado, 26 de novembro de 2011

Meu amor, minha paz.



 Naquela noite, tudo se tornou mais tudo e a lua paquerou o sol. 
Pude ouvir nuvens cantando, através de gotas, que banhavam nosso beijo.

Sarah Miranda Moreira.

Pensamento surpreendente

Quando eu nasci, era preto;
Quando cresci, era preto;
Quando pego sol, fico preto;
Quando sinto frio, continuo  preto;
Quando estou assustado, também fico preto;
Quando estou doente, perto;
E, quando eu morrer, continuarei preto!

E você, cara branco;


Quando nasce, você é rosa;
Quando cresce, você é branco;
Quando você pega sol, fica vermelho;
Quando sente frio,  você fica roxo;
Quando você se assusta fica amarelo;
Quando está doente , fica verde;
Quando você morrer, você ficará cinzento.

E você vem me chamar de homem de cor??!




Escrito por uma criança africana,
De acordo com o livro: Para ler e reler.

Isso que é ter estilo!







quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Seis e meia


Deitada,
Olhando apenas para
O teto desprezível,
Sujo
Tanto como
Meus pensamentos
De raiva.
Não sei a razão
Não sou tão assim.
E o que eu queria,
Apenas,
Foi tomado de mim,
Assim, sem motivo.
Pôs barreiras
Te dei solução
Injusto, inconsequente
O tal do não.
Enfim, estou aqui
Sem reação
E cada segundo que perco
Dói o coração.
Esse problema gritante
Tento controlar
Está implodindo
Mas sei declarar
Matando a razão.
Aonde irei
Nesse mundo de pagãos?!
No presente seis e meia
Estou a  escrever
E o que está me perturbando
Meus olhos vão dizer.

Sarah Miranda Moreira.

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Céu escuro, noite clara.


Hoje almejei um diário
Para assim escrever cada passo que dei
E as formas artificiais de iluminar
A praia inspiradora,
Que cintila através de estrelas.
Saindo o azul da idade
Momentos,talvez,
Sem realidade.
Atravessei
A rua do perigo
Noite que
Sonhei.
Lutei com mares, oceanos.
E ao voltar esperei
A virada na esquina
O olho ao chover
E a mente a querer
Uma resposta à questão
Será que vai voltar?!
Temo que não.

Sarah Miranda Moreira.

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Um ser pensante.

Quem eu sou?
Por que estou aqui?
Tentando agradar
A sociedade que me despreza?
Nem sei o que eu sou.
Talvez seja essa
A grande questão.
Talvez não exista
A melhor ocasião.
Pareço andar sem rumo
Em uma estrada sem volta.
E o que importa
Se tudo acabar?
O que importa
Se vou chorar?
Na vida há
Algo maior
Pois o acaso
Me faz parecer
Qualquer.
Não sou o nada.
Demócrito me diz:
Átomos
E eu te digo:
Sou alguém.
Afinal
Isso já é demais.
E quando chegarei
À uma conclusão
Não sei!
Até lá irei tentar
Sobreviver nesse mundo de loucos.

Sarah Miranda Moreira.