sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

APAGÃO

O nordeste apagou.
 Junto ao vazio que envolveu a noite calma da região,
 me recolhi, eu e meus pensamentos.
 Rede, música, luar à luz de velas.
 Um encontro romântico?
 Sim. 
Hoje encontrei-me com a paz. 


~ Sarah M. Moreira

domingo, 15 de julho de 2012

Foto: Sarah M. Moreira




Temos que parar de viver de aparências, de ser quem os outros querem que sejamos, paremos de seguir tendências e sorrir em vão. Nosso sorriso sagrado não deve ser despejado ao vento, temos voz, não somos o futuro e sim o presente. Talvez o mal tenha se perdido no caminhar do tempo e ele não pára. O mal que não nos deixara calar, nos faz simplesmente quaisquer, confusos porém tímidos.
 E o que um dia foi a nossa marca, hoje é: simplesmente uma marca.


(Sarah M. Moreira)

quinta-feira, 5 de julho de 2012

Utopia


Sou a sombra do meu falar.
Vivo por trás das palavras.
Pseudo inteligência, farsa,
Não sei!
Meus versos nem são originais.
Vivo de aparências
E de admirar grandes heróis
Sonhando um dia não ser mais
a sombra do meu falar.
Deixo tudo para trás
Minha vida é sonhar.
E quando a utopia virar real
Pode me chamar, finalmente, de alguém.

(Sarah M. Moreira)

quinta-feira, 31 de maio de 2012

...


Eu temo no futuro ver:
um passado marcado pelo vazio
e as histórias que poderiam ser
contadas aos meus ancestrais
são apenas vontade.
Vontade de alguém maduro e reprimido
por não ter feito um pouco
do que queria.

Não vivi os sonhos dos meus pais
mas fui obrigada a aprender
com suas experiências.


(Sarah M. Moreira)

terça-feira, 1 de maio de 2012

Reflexão.

"Não há como compreender os loucos, pois a partir do momento que compreendidos, deixam de ser loucos"

(Sarah M. Moreira)

sábado, 14 de abril de 2012

Última noite

Se não houver amanhã
E nem o agora, agora e já,
O tempo não sabe parar.
E se tua boca não puder mais tocar
A minha pele,
Sinto a suavidade
Do beija-flor  e a rosa.
Talvez não haja mais tempo
De penetrar meus pensamentos
Através de um olhar,
Só seu.
E as tuas mãos
Envolvendo minha cintura,
Como se visse em mim
Um cálice de vinho
E assim com a mesma cede
Tomar-me por inteiro.
Com a mesma paixão no falar.
Percebo uma voz mansa
Que acalma meus sentidos.
Um leão feroz em busca da caça
E o cordeiro encantado morre,
Presa fácil e feliz.
Se o amanhã não for infinito
Estarei contigo
E o ciclo irá cumprir-se
Com minha crença em te ter
Todas as noites como se fosse a última.


(Sarah M. Moreira)

Vejo agora o céu por brechas no telhado

Cômoda velha,
Rios de lágrimas
Ao ver
Quem me deu a luz chorar.
Aperto no peito,
Pobreza sem fim
E os ricos em Brasília
Sempre a debochar e rir.
Esbanjando jóias
Que alimentariam toda uma nação.

Servimos de palhaços,
Felizes , ó povo hiena,
Deixando passar oportunidades,
O presente e o futuro.
Conformando-se com consolos mensais.
Não podemos mais pensar?
Monopolizam a vida alheia.
E a mídia está atrás de mim.

Junto ao meu papel
Deixo cair dos olhos
A tinta que marca esse poema.
Pois tome a minha vida
Mas jamais irás tomar
Meus pensamentos.


(Sarah M. Moreira)