sábado, 14 de abril de 2012

Última noite

Se não houver amanhã
E nem o agora, agora e já,
O tempo não sabe parar.
E se tua boca não puder mais tocar
A minha pele,
Sinto a suavidade
Do beija-flor  e a rosa.
Talvez não haja mais tempo
De penetrar meus pensamentos
Através de um olhar,
Só seu.
E as tuas mãos
Envolvendo minha cintura,
Como se visse em mim
Um cálice de vinho
E assim com a mesma cede
Tomar-me por inteiro.
Com a mesma paixão no falar.
Percebo uma voz mansa
Que acalma meus sentidos.
Um leão feroz em busca da caça
E o cordeiro encantado morre,
Presa fácil e feliz.
Se o amanhã não for infinito
Estarei contigo
E o ciclo irá cumprir-se
Com minha crença em te ter
Todas as noites como se fosse a última.


(Sarah M. Moreira)

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